domingo, 22 de agosto de 2010

SEM/NEM


SEM linha reta
NEM labirintos;

SEM Saara
NEM Alasca;

SEM demonstrar calorosamente,
NEM esconder ruidosamente;

SEM sorriso bobo,
NEM rosto sem graça;

SEM montoeira de elogio,
NEM ser hostil;

SEM encher de bondade,
NEM agir com perversidade;

SEM discurso alardeado,
NEM
tambor
calado....

Afasta de mim todos os excessos!

domingo, 8 de agosto de 2010

Carroça Vazia (será?)


Ouvindo algo do tipo outro dia: "Carroça vazia faz muito barulho" me fez pensar se realmente é verdade a tal frase que todo mundo proclama de peito estufado, querendo dizer que quem sabe menos fala demais ou que versos mudos é sinal de sabedoria.


Será mesmo? Tenho minhas dúvidas.

Possivelmente penso que o discurso faz parte de quem o gosta, sabendo ou não o que fala.

Não julgo quem erra o compasso por idéias expressadas, mas lamento quem perde espaço por falta de iniciatica com os verbos.


Ou seja, são "carroças e carroças", entre vazias e transbordantes, barulhentas e silenciosas, e quem há de questionar o conteúdo de cada uma delas?

Prefiro sinceramente acreditar em carroças mágicas, onde as abóboras só aparecem para quem as merecê-las.

Não cabe decifrar se ali há uma carroça vazia ou cheia, seria mais interessante o empenho em aclamar pessoas em sua totalidade. Pura e simplesmente tenha ela uma ou um milhão de abóboras dentro de si!



Ditado limitado. Pudor de pobre com reticência.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O perfume da alma


Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher.
O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De pequeno príncipe.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. De campo cheio de girassóis.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o all star pelo chinelo, a sensação de banho quente depois da viagem.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. A gente sente vontade de contar estrela cadente.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que as gente não largava. De chocolate no meio da tarde.
Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia.

Para todas as almas perfumadas que fazem parte da minha vida.
(O texto em parte não é meu, mas visto-me desta essência)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Irmãos nada parecidos



Eis a diferença entre dois irmãos que as pessoas julgam ser gêmeos.
O Sr. Intelecto e a Dona inteligência.Ironia ou não, são absurdamente opostos, e muitos fazem grande confusão para identificá-los.
O Sr. Intelecto é virado em cabeça, vive o que lhe foi ensinado e imposto pelos outros. Como se vivesse o emprestado, é algo estranho a si, não é nato. Faz-se papagaio das coisas que vê.
A Dona Inteligência, ahhh... esta é inata, é o próprio ser, essência e natureza plena. Nela pode-se confiar, porque vem de dentro, ela existe mesmo que não se saiba ou que se busque entendê-la.

Por favor não os confunda!

Sem pré-julgamentos, que haja um filtro das pessoas “intelectualizadas”, onde os pensamentos são copiados, ao contrário das inteligentes, que experenciam a vida, sabem diferenciar o que é bom, são seletivos; Elas criam seu próprio caminho, abrindo sua estrada para o universo!

(Um salve às pessoas que já escreveram sobre isso)