quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ao meu querido 2011




Vá velhinho!
Impostor, traiçoeiro, desconfiado,
Leve a malandragem
Deixe o aprendizado

Vá velhinho!
Casca grossa, impertinente, exigente
Leve a teimosia
Deixe a minha gente

Vá velhinho!
Insistente, surpreendente, abafador
Leve a ironia
Deixe o amor

Vá velhinho!
Mal educado, esforçado, impreciso
Leve a demasia 
Deixe o sorriso

...
Para ti eu deixo
Um ombro ereto, 
Coração repleto e
Aceno discreto de...

Até nunca mais!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Atrevimento



Frio na barriga,
Inevitável que ele venha.
Injusto.
- Podemos adiar nosso encontro?
"Obviamente não".
Pretensioso.
Deliciosamente atrevido.
Ano novo.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ombrello Rosso


(Foto Lívia Auler)

Stamattina, a piedi al lavoro allo stesso l’orario sempre, Mi stavo godendo il paesaggio antico dove anche gli occhi non mi manca um dettaglio; E in questo groviglio di pensieri libero nell’aria, sono ricordata Il mio compleanno sei anni.

Come ogni bambino, sono stata ansiosa per giorno, ma quell’ano é stato diverso. Mamma non há distribuito inviti ai miei amici, e nemmeno sentito parlare in regalo; Prima figlia di uma famiglia intera, molto viziata, La mia testolina potrebbe pensar in compleanno Che vengono in qualche giorno, dopo tutto, sono stata “piccola ragazza” Che sarebbe sei anni.

Sono svegliata quella domenica 11 maggio, festa della mamma, e mio compleanno è mecolato in festa parallelo. Continuò irrequieta, anche nel mio peggior incubo, potrebbe immaginare compleanno nessun partito e senza regalo. Mia madrina vissuto con noi. Giovane, poco più di 18 anni, ma ho rispettato come um adulto, era mia madrinha cara e mi há dato regalo di compleanno.

Come ogni giovane, era arrivata Il partito in mattina, ma era troppo tardi, non potevo supportare di aspettare cosi a longo. Non trattenermi e ho, saltato a letto sul lei. Ricordo come se fosse ieri, lei ha vestito pigiama giallo, com texture di asciugamano. Lei ha abracciato, mi riempiva di baci, há preso um pachetto vicino al letto. A mala pena in grado di contenere La mia ânsia nel sapere Che cosa si trattava, era lungo, sembrava che era dentro un barattolo di patatine, solo più grande. Ho strappato la carta, così accuratamente imballato. È stato um umbrello rosso. Ma al culmine dei miei sei anni, l’unica cose Che ho pensato à: perchè vorrei um Ombrello rosso?

Questo momento ho preso Il regalo, Che tanto ho aspetatto per aprire, La guardai e non tratteneri Le lacrime, ha pianto come si fosse stata offesa, per ricevere un semplice ombrello. Questa cosa ferirmi, poi si aspettano un giocattolo com l’odore della plastica nuova. Ma che guaio... Un ombrello!

Mi sono addormentatta nel pomeriggio, ancora afflitti da questo problema di bambini Che era passato, e quando mi svegliai, c’era uma bella festa di compleanno, con tutti i dettagli, il modo in gli piaceva e tutti i miei amici mi aspettano.

Con quella festa, ho dimenticata Il caso dell’ombrello e ho celebre. Dopo tutto, non c´è problema Che non puòessere curata com um dolce, giusto?

Io so Che mia madrina era triste per me, Il modo Che prossimo anno mi ha dato un videogioco, Che deve avere costi molti mese Del stipendio Piccolo há guadagnato lavorando AL supermercato. Che bambina viciata!

Há transcorso oltre venti anni Ed ora, a camminare verso Il lavoro, e improvvisamente uno di questi capricci il tempo dello stato di São Paulo, ha iniziato a piovigginare. Si leccò la mia uniforme pulito e mi ha spezzato il gel per capelli, ho chiuso gli occhi, ho sorriso e ho pensato di ringraziare La mia cara madrina. Per quel momento, soprattutto in quel momento, ho pensato per un momento potessi tornare indietro, quanto vorrei quell’ ombrello rosso ...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Scambio



Dato quando ha scambiato ali per piedi,
ho nostalgia del cielo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Il Tocco


 

Piacere! Mi chiamo intensità.
Sento la sottile differenza Che Il tocco fa.
Non sono di molti parole, ma di innumerevoli abbracci.

Credo nella sensibilità, dove gli attenggiamenti sono al loro spettro
Tocco, senti, abraccio. Siì immenso, intenso, sorpredi!
Ma anche ricevi, provare la reciprocità.

Sono semplice, non ho fronzoli.
Ma devo saper fare.
Se  vuoi toccare, tocca Il cuore.

Tocco senza senso io non sento.
Um suggerimento? Sfidarmi.
Fatti essenziale.
Osa farmi sentire,
Altrimenti, non avvicinarti.

Il Treno Fuggiasco

Nella valigia prendo intenzioni urgenti,
Di marciapiede in marciapiede, vado di partenza e arrivo.

No lo so però a che sono venuta, so che sto.
Io Sono vita, io sono morte.

Voglio sempre gli estremi.
Dal freddo al caldo
Dall spetacolo all’orrore

Dalle polvere della strada sconosciuta
Per soddisfazione Del limite mai raggiunto

Io sono libertà,
Mi perdo, mi incontro e
Non sono soddisfatta

Con senso come bussola
Sfido l'orizzonte e
Cercando esaurimento.

Mai dirò che non può respirare
Sono La vita Che vivo,
E sono  al di qua de dove ancora posso arrivare.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Il tempo ha tempo

Dicono che c’è tempo per tutto
Se c’è poi, qualcuno osa dire quanto?
Quanto dura un’amore?
Che giorno La tristezza si conclude?
Quando sarà l’euforia?
A che ore La felicita si sveglia?

Postumi di una sbornia, l’ultima volta di un pisolino
Dolori? L’ eternità di una giornata solitaria.
L’ansia, pochi minitu di un dolce, così
come Il desiderio, le ore di una canzione al modo “repeat”

Il tempo è potente. In grado di nascondere fiori nelle sementi e bambini
Nei ventri, lui crede che può tutto. E è vero!
Trasforma il viso in amore, sogni in realtà, parole in poesia!
Fa volare i minitu di innamorati e arrasti le ore di chi aspetta. Burlone perfetto!

Il tempo ha tempo, Il tempo ha fama, Il tempo ha fortuna.
Fortuna di essere lui e non l’altro.

Sinceramente? Tempo mi sembra sensazione e non l’orologio.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nortes


Não sei,
Se sigo ou se paro,
me sigo ou te paro,
te sigo ou me paro.

O mundo desalinha meus nortes.

Se é que ainda os possuo
...ou um dia os tive.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Garoa

No fim das contas,
disse que a tristeza passou;
e a garoa não evoluiu.

Não sei se era a mentira
ou a falta de abrigo.

Mas deixou marcas...
do silêncio e do frio.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Duvido-me

Gosto
Desgosto

Faço
Desfaço

Conserto
Quebro

...
Duvido-me.

Pêlos & Pelos


Pelo que sei,
Pelo que pode,
Pelo dito e não dito.

Texto que entra com pêlo,
Pretexto de palavreado esquisito.

Confuso, atrapalhado
Sem contexto num recinto.

Pêlo que se constrói em caos,
E acredita que tem lógica.
Pêlo que acha que é caminho,
no fundo é labirinto.

Pêlo que se faz excesso
quando não é Pelo caminho
da poesia.

Pêlo ou Pelo?
APelo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sótão


Encolhido em seus recantos
saboreava os arrepios,
não era vazio
mas era só,
tão só...
sótão.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ciclo


Outrossim esclareço
que o sol ainda nasce, se põe.
E vem a lua,
a primavera,
o natal.
E assim a vida cursa...
E (dis)cursa.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Renovação


Arrumando gavetas descobri
que ocupo espaço demais em
minha própria vida.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O tal


Andam dizendo por aí que não estou escrevendo como o habitual.
E eu aqui... ponho-me a divagar,
Quem seria o tal que nunca me fora apresentado.

Semáforo



Trânsito na madrugada.
Sinal fechado.
Olhar de alusão ao entrelismo,
acusa o crime que está por vir...

Beijo culposo triplamente qualificado.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Uma psicóloga


"Não, eu não tenho certeza."
Dizia com pureza cristalina no olhar.
Com serenidade de Pequeno Príncipe,
no fundo eu entendia aquela mulher.

Gosto de gente feito bicho esquisito,
que busca porquês de mais tarde.
E quem sabe o que vem depois?
Ela não sabe, mas sente.

Mulher, na eterna idade dos porquês,
atribui à psicologia o que lhe têm 
de sobra. Astuta, pois sabe dar
à área o que a si pertence
de gigantesco.

Dentro dos seus "quem sabe",
a história nunca se inicia com um 
"era uma vez", mas bem sabe
que pode terminar com um
"felizes para sempre". 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aprendiz


Sentimentos na vitrine
é premissa de demasia.

De tantas liquidações que
vi por aí, estudei para ser
aprendiz de vidraceiro.

Quase



Ela não é a única,
mas estava a vontade para ser.

De nada a coisa qualquer,
disfarce de preguiça
para acalentar 
seu estado de quase.

Paixão



Esperança em talha barro
A mercê da vontade
do "bebinte". 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Foco



O olhar focado
é conhecedor esperto,
que declara aberto
o caminho das entrelinhas.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Beabá


Reciprocidade é uma espécie de
 sentimento que foi letrado.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Esconda-me

Faça a lua de palpite
Ou esconda-me de novo,
Ainda hoje.

Caso se recuse,
Culpe o sol, por arder demais
Ou o sentimento pelo equívoco.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Uma noite


Noite feito bofetada.
Cinzeiro cheio, copo vazio
Esboço de embaraço.

Das entrelinhas à angústia,
Um olhar de estátua cinza
Esquecida ante o espaço.
Embriaguez oportuna
Fez-se remédio de
Dor eminente.
Diante daquilo que deixou
Um pequeno amasso.

Na alma e no carro.

domingo, 10 de julho de 2011

Tempo e Moda


Foi-se o tempo que saudade era sinal de fraqueza,
que chorar curava males,
e perfeição era beleza.

Passou a moda em que dignidade era comum,
Falta de caráter absurdo,
E esperança valia algum.

Foi-se o tempo que silêncio expressava dor,
palavras conteúdo
e beijo amor.

Passou a moda que dias cinzas eram feios,
concordar era chique,
e verdade dita sem rodeios.

A moda tem tempo,
O valor vira trapo
E o homem envelhece
esquecendo
que um dia,
ele perece.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Rosa dos Ventos



Ampulheta a céu aberto
Natureza em verso
Horizonte pálido.

E o meu norte,
Eu entrego à sorte.

Entranhas estranhas
Geografia em poesia,
Halo de vida esquisita.

E meu oeste
Sigo como teste.

Fendas profundas
Caminhos rasos
Marcas de tempo.

E o meu centro,
Faço prosa de vento.

Vibrares de asas,
Alquimia de chuva
Boêmios de inverno.

E o meu leste
Faz-se cafajeste.

Estradas de quases
Momentos fugazes
Aventura incomum

E o meu sul
Faz-se distante azul

No fim eu descubro,
Entre corpo de mormaço
E desenho de cansaço,
Que meu ser é bordado de rosa;

Desambientada
Desorientada
....Rosa dos ventos

domingo, 3 de julho de 2011

MINI CONTO





Pensamento é um príncipe encantado
Montado no cavalo devaneio,
Para libertar a princesa mordaça.

sábado, 2 de julho de 2011

Trem desgovernado

Na mala levo intenções urgentes,
De calçada em calçada vou de partida e de chegada.

Não sei para o que vim, sei que estou.
Eu sou vida, eu sou morte.

Quero sempre os extremos:
Do frio ao calor
Do espetáculo ao horror

Da poeira do caminho desconhecido
À satisfação do limite nunca alcançado

Eu sou liberdade,
Me perco, me encontro e
Não me contento.

Com sentido feito bússola,
Desafio o horizonte e
Procuro esgotamento.

Jamais vou dizer que não posso respirar.
Sou a vida que vivo,
E estou muito aquém de onde ainda posso chegar

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Trigêmeos



Eram três.
A mente, onde residia os paradoxos.
O Corpo, pista de pouso das aspas.
E a alma, que, percebendo a insanidade dos irmãos,
fugiu.
Casou com o vento e foi morar num lugar qualquer.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sonho

Voltando da aula. Abatida pelo cansaço.
No banco da frente do ônibus um diálogo
quase poético-banal, se não fora pelo adiantado da hora:
- Mas qual teu sonho afinal?
Ela respondeu com veêmencia:
- Eu quero ele, mais nada.
A outra abraça a amiga em tom consolador.

Como quem não tem nada melhor para pensar
naquele momento, eis que me pergunto:
Qual o meu sonho?
... Ainda não me apresentaram melhores
do que aqueles de creme com açúcar.

domingo, 1 de maio de 2011

Onde está?


Cansei.
Incrédula demais para acreditar que ele
possua endereço em algum lugar.
- Mas o que procuravas?
O destino.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Trocas

Desde que troquei asas por pés,
sinto saudades do céu.

domingo, 24 de abril de 2011

Aos poucos

Cada vez que quero sumir,
eu morro.
Aos poucos, aos prantos.

O corpo é cheio de processos.
Os que se sabe,
e os que insistem anonimato.

Desperto novas sensações no ser
para tentar o fim do labirinto,
de onde sequer entendo os meados.

E acabo por pensar que
quem morreu,
apenas se adiantou em relação à mim.

Íntimo

Ando numas de
abrir ao contrário e
expressar ao avesso.

Não sei se me mato
ou se nego o fato.

Não entendo mais
se é coragem ou covardia.
Essa quietude que fere e interfere,
seja lá o que for é demasia.

Na ânsia de gritar,
estico frases para tentar
desconhecer que é
totalmente desnecessário
demonstrar para dentro.

Coelhos

Era espertinha.
Em dias de páscoa acordava antes do sol para esperá-los.
Adorava negociar com eles. Trocava sorriso por chocolate, boa educação valiam pirulitos,
e fama de boa menina, rendiam ovos de marzipã.
Na ansiedade de procurar guloseimas, encontrava diversão, atropelava carinhos, tramava doces.

Hoje acordo antes do sol, talvez por não ter dormido.
Sorriso não conquistam negócios, boa educação não vale nada além de obrigação.
E fama de boa menina...para que serve mesmo?
Hoje, contemplo quartos vazios e espaços vagos de silêncio.
Não sou mais espertinha.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fluxo-me

Ando-me
Disfarçada de vento
não por depressão, mas distração.

Corro-me
Das várias que sou
para ver se encontro
outra de mim numa esquina qualquer.

Nada me foi tirado, foi libertado!

Por isso vôo-me.
Para entender que do útero ao túmulo
serei tantas quantas eu for capaz de inventar.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Estação


Não chega ao fim a fase de culto aos seus ocos.
Ela vive reflexos de dolorosos silêncios.
Sentindo que,
no momento em que tudo parece estar vivo,
É que percebe com clareza que morreu.

Morreu ou tinha frio. E o que isso tem de mais?
Muitos sobrevivem ao outono.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Canso e Descanso


Às vezes me questiono
Quanto eu ainda terei que dispender de vida 
para realizar.
Canso.

Me pergunto e não respondo,
não tenho foco, eu tenho fases, 
frases eficazes.
Descanso

E a vida que vou doando
para aquilo que pode
ser ou não ser
coincidência x casualidade.
Canso.

Tudo bem.
Nada tem importância maior que
aquela que atribuímos.
Descanso.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Afugentando Solidão

Cinco...
Quatro...
Três...
Dois...

Cinco de novo.

sábado, 9 de abril de 2011

X da questão

O que é para ser livre pode se prender?
Qual o sentido de precipício senão à queda?
E do punhal senão o peito?
Existe o além? o infinito? o eterno?

O êxito mora na essência da pergunta.
Preferível parecer incrédulo, cético
do que deveras insosso.

Quem é interessante, geralmente é inconstante.
E sabe que o mundo não é como se quer
mas como se merece ou se aceita.

Quem é interessante, é mutável,
E aprendeu que jamais conseguirá
responder com exatidão qualquer
X da questão.

Soul


Alma:

Passageiro especial, livre
para transporte.

Somando experiências,
vai onde quiser.
Sente as frações de segundos.

Abusa do ser.
Integra e desintegra.
Faz e desfaz.
Opiniões, conceitos
e prés.

Intensa,
Única que pode ser capaz de afirmar,
que em algum lugar, ali dentro,
mora alguém especial

terça-feira, 29 de março de 2011

Pureza



Toda sua vida realista limita
o que minha visão ingênua
têm de fonte inesgotável.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Solidão


A grande medida do desesperante
Onde posa para posteridade
a figura que o nada lhe dá.
OSCAR DO VAZIO.

Arte



Arte é queixa de minoria inteligente.

Traição

Invenção sem intenção.

Definições XI

(Vermelho Anil: Por Livia Auler)


Foto é um orgasmo sensorial.


Definições X



Lustre:
Projeto de Sol
sem Alma.

Definições IX


Cinza:
Lágrima
de
cinzeiro
solitário

Eu


Presa
ilesa
na
Selva
de mim

domingo, 27 de março de 2011

Dor



Faço de conta que supero
para ver se não acredito
que finjo que esqueci.