sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Turvo as vista e coço a testa.
Tudo arrumadinho e 
Ajeitadinho,
Seria Origami ou a 
Natureza está em festa?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cotidiano




O amanhecer preguiçoso desta terra 
onde café cheira a divindade,
a única silhueta que vejo
é de grande cidade.

Asfalto, talabarte
Arte

Relógio, correria
Fotografia

Processo, estresso
E confesso...

Nas aventuras de um dia comum...
A poesia grita!


domingo, 8 de abril de 2012

Doce infância

Acordei em uma fria manhã de páscoa dos anos 80. Éramos cinco pessoas nesta casa.
Minha mãe  escondeu minha cesta de ovos de chocolate atrás do toca-discos na sala.

Hoje, acordo com o apartamento vazio e um netbook ao lado, que sequer esconde atrás dele, minha vontade de reviver certos momentos.

Passaram-se 23 anos...
#Nostalgias de Páscoa.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mal assombrada



Criatura mais mal assombrada
que eu ainda não vi.
Sou meu próprio fantasma,
vivendo na dimensão
da auto-sabotagem.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 

...

Ao meu lado,
uma segunda-feira aspirante.
Só me resta saber a quê.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Devolvo


Quero somente o que é meu.
devolvo a saudade ao remetente.

Segunda-feira


E eu aqui.
Segundeando a feira...

De emoções.

Desejo




O texto é pequeno
para o desejo gigante,
Onde faço do devaneio
uma miragem desesperante.

Recalque



O maior recalque do tempo
é não ter outras sementes
senão as de saudade.

Tempo


O tempo não passa,
Somente amassa.

Chuva




Palpite de que chove hoje.
Chove de intenções.

Mãos, cheiro
Beijo.

Corpo, pele
Desejo.

Acho que não é chuva,
É temporal.

Guardanapo



Rascunho, Rabisco.
Emoção é que nem borrão:
Não apaga, não enxágua.

Quer tentar?
Faça um poema de rascunho
Ou risque "eu te amo" a próprio
punho.
Agora rasgue. impossível?
Sim.

Sou um perfeito guardanapo
de emoções.

Coisa de gente grande



Quando tinha dez anos questionei
Que era ser feliz?
Das coisas que sabia,
era que gente grande gostaria.

Das coisas que não sabia
era que de mansinho
Chegaria.

Levantei do banquinho... "Me aconteci"

Descobri que gente grande
pensa no montante
e esquece que ser feliz
é a todo instante.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fim das contas



No fim das contas, eu acho, que não exista um fim das contas.
Tudo é meio.
E meio que cansa.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Encontro em 1900



- Posso sentar-me e ter convosco?
- Sim!
- Então me diga-me. A que vieste?
- Em busca do amor da minha vida. O alguém que transcende o simples estremecer das pernas. Que preconize minhas palpitações, ativando meu instinto...o de amar.
- Então sente-se que, de onde estou, eu, criatura privilegiada de alma em incessante em desejo, puder ouvir o rufar de tambores de vosso coração, serei eu a eleita dos vossos sonhos.
- Iremos saber ao decorrer da noite, com o curso lento do relógio e a intensidade de troca de olhares.
- Como poderei esperar se já vos amo desde que adentrardes àquela porta?
- Aguarde o findar da noite. Se ainda sentires o mesmo após doce conversa, daí então saberás que de fato trata-se de tão ardente amor. Agora, caso o sentimento mude, o que sentimos foi tão somente arroubos de pele, tal qual picada que queima e passa. 
- Aguardarei com ansiedade de caixeiro viajante a espera do acalento do seu lar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Segunda-feira



E ao lado do meu travesseiro,
restou aquele perfume inconfundível.
O de amor.