Voltando da aula. Abatida pelo cansaço.
No banco da frente do ônibus um diálogo
quase poético-banal, se não fora pelo adiantado da hora:
- Mas qual teu sonho afinal?
Ela respondeu com veêmencia:
- Eu quero ele, mais nada.
A outra abraça a amiga em tom consolador.
Como quem não tem nada melhor para pensar
naquele momento, eis que me pergunto:
Qual o meu sonho?
... Ainda não me apresentaram melhores
do que aqueles de creme com açúcar.