terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Avalanches I


Duvide de si mesmo.
Eu sei que no fundo você sabe.
Já se perguntou do que és capaz?

Enquanto você acredita que se conhece
de olhos fechados.
Os meus, confundem-se quando abertos.

Me vejo afofando nuvens, conversando com
o frango assado, batendo bola com o horizonte
e dando uma piscadinha pra lua.
Me pergunto, por que não?

Duvide de si mesmo
Toda felicidade prescinde a conquista.
Estar bem tem a ver com atitude
e não com circunstancia.

Não importa o que esteja acontecendo,
afugente a perpectiva do pranto.
Nada te vences e nada te sobrepõe meu caro.

Sabe por quê?
As adversidades tem um limite,
VOCÊ NÃO.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Poeminha de Bom Dia


Bom dia vida esquisita.
Embora me esforce,
não entendo.
Os dias que quero,
não tenho.
Os dias que tenho,
não me contento.

Bom dia, dia estranho.
Seja quente, frio,
ou venta de bagunçar.
Nada nunca é meio termo,
por isso volto a reclamar.

Bom dia gente chata.
Que insiste seu sorriso amarelo.
Pelo rosto que nada desata,
sua alma sempre em farelo.

Bom dia ao incompreensível,
ao estranho, ao que não tem fim.
bom dia à minha vida,
que faz sentido por ser assim!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Eterno conto de fadas



É um tal de: "Fulana vive num eterno conto de fadas."
Tons pejorativos à parte, eu, particularmente, me sinto em um conto de fadas.
Talvez, o mínimo de sensibilidade possa mostrar que eles ensinam, encantam e
principalmente, nos fazem crescer.

Vamos! Encare a vida com mais leveza.
Um dia a Branca de neve me mostrou a importância de que o amor um dia vem. Não que fique esperando, pois sempre lembro do coelho de Alice no país das maravilhas, gritando "É tarde, é tarde, é tarde até que arde". Isso dá o tom do "mexa-se".

Movimento...
Para que a base seja sólida, os três porquinhos me mostraram que o alicerce é importante, estar preparado para as adversidades, afinal, estrutura para encarar as coisas é o diferencial.

Como só estrutura não basta há de se ter emoção, cérebro e coragem, como os queridos personagens do mágico de OZ sugerem.

Equilíbrio para aguentar as fases em que crescemos, para que nossa presença seja imponente onde houver necessidade, como conta o Patinho Feio.

Individualidade também é importante.
Saber fazer as coisas sem depender de ajuda a todo instante, como ensina a galinha ruiva.

Aprenda a aprender!
E se, você lendo isto ainda não se identificou com nada, o Chico Bento tem uma receitinha: Bolo de chocolate com tubaína faz feliz!
E acredite, faz mesmo! Assim como uma leitura, nem que seja de um "simples" conto de fadas!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A dança


Parece que ouço a voz de minha mãe ao telefone, dizendo:
- Ria de suas limitações e vá a luta!
Há quem tenha dificuldade com os números, existe os que não aprendem a jogar xadrez, e eu, em especial, exibo uma completa falta de sintonia com o ritmo.
Dançar nunca foi meu forte, na verdade, nem meu fraco.
Simplesmente não sei.

Limitação, variação, inspiração.

Coincidência, paradoxo ou não, além de dança ser a grande limitação que me afere,
o maior poema da minha vida, se chama "A DANÇA" (Neruda).
Este, acompanha o sonho mais romântico de minha vida, onde um dia,
aos pés da torre Eiffel ou em uma ponte em Amsterdam,
o direi para qual criatura fizer meu sentimento gritar.

Ritmo, sintonia, sincronia.

Embora saiba seus passos de cor,
se esta dança for difícil tal qual àquela que assola
minha coordenação motora, "dancei".
no sentido mais poético de todos.

Prefiro acreditar que esta será a única Dança que
realmente saberei embalar com ritmo e sorriso
a minha vida!

Paradoxos I


As vezes, sou sensível demais para mim,
que acabo sem saber de que forma lidar comigo

Me procuro em busca de conselhos
mas não sei o que dizer.

Desabafo, me ouço,
mas não me abraço.
Não sou conivente com meus dramas.
Não me apoio.

Mas realmente, ando precisando de mim.
E agora? onde encontro meu ombro para me debruçar?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Definições VII


O nada é tão grande dentro de mim,
que transbordo-me o desespero
do vazio.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Meus Contrastes I (Calcinha de Renda)



Vibrei com as luzes dos últimos fogos da noite. Era natal.
Decidi abrir o pacote e, no escuro, percebi que o embrulho tratava-se de uma calcinha. Não pude ver os detalhes muito bem, mas não importava. Presente é presente!
Sem muito me preocupar, dei continuidade às comemorações natalinas, deixando a peça no pacote entreaberto no braço de uma das poltronas.

Antes de estudar as reações, vou recapitular...
Adepta do do conforto e praticidade, nem consigo lembrar-me de como eram e a procedência das calcinhas que eu usava até os meus 18 ou 19 anos. Sei bem que hoje em dia, uma coleção de cuequinhas contempla meu guarda roupa. Das mais estilosas às básicas, o fato é que, estético ou não, prefiro usar shortinhos à calcinhas.
Embora não use nada muito elaborado, lembro-me sempre da minha vó pedindo para tomar cuidado com as calcinhas, afinal nunca se sabe quando pode ser atropelada na rua e inevitavelmente ter a calcinha vista por uma legião de curiosos.

Sou cuidadosa. Não compro calcinha no camelô da Rua dos Andradas a R$ 5,00, nem aquelas feita de algodão com estampas de vovó e, como muitos outros, acho broxante os modelos bege. Modelo lindo só se for confortável, chique na minha concepção sempre será a marca que me fizer bem. Ou seja, nem me abala o outdoor com a Grazi Massafera usando aquele modelito da Hope, ou aquelas "fofurices" do universo feminino expostas nos manequins da Lupo.

Voltando à noite de natal, fui analisar o tal presente. Presente de mãe ainda por cima. Era um modelo rosa, de renda e com flores de strass cuidadosamente bordadas.
Naquele instante, os olhinhos brilhantes da minha mãe acusavam que não tratava-se de uma piada, era um presente sério.

Ah... eu sou estranha! A impressão que tive caso usasse a dita peça, era de que todos iriam reparar e quiçá, gargalhar! Bom, pelo menos não era cor da pele e nem estampa floral igual-a-da-bisavó. Mas, sei que elas são desastrosas; Na primeira oportunidade as malditas saem do lugar e se enterram onde menos se espera. Ou pior, sua renda sensual podem cobrir a pele de alergias. É uma incógnita para minha cabeça. Jamais usarei isso. Humpf.

Usei a calcinha na virada do ano.
Como foi a expriência?
Prefiro deixar o papo íntimo para outra hora.

O que sei, é que posso contar que, um dia experimentei meus contrastes.
Mas respiro aliviada de não ter sido atropelada naquela noite!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Conversa Fora II


As crianças brincam alegres pela sala, enquanto suas mães conversam:
- Meu marido morreu há dois anos.
- Sério? tadinha da sua filha, responde a vizinha desolada.
Como quem quisesse afagar a criança com piedade, chama-a junto de si e desabafa:
- Que pena, você não tem pai.
A criança, no auge dos seus cinco anos, mas com grandeza de adulto, calmamente responde:
- Lógico que tenho pai. Ele morreu, mas continua sendo meu pai.

Silêncio oportuno.
Inteligência é nata.



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Conversa fora I

- Pintei o cabelo.
- É mesmo? Pintou de verde?
- Não, de preto?
- Que pena. Eu adoraria conversar com um duende.

Papo convencional nunca foi o meu forte.