domingo, 10 de novembro de 2013

MEIOS

Às vezes pergunto-me
o por quê de escrever coisas
sem pé nem cabeça.

Não sei,
Sempre fui apaixonada
pelos meios.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Meu Porto

Eu sou um porto.
Um porto de felizes paradoxos.

Eu sou um postal de mil nuances.
De tantas faces de surpresas,
Que nem sei por onde.

De onde queres que me observes,
Tenho pés encantados,
Que aconchegam as noites frias
E embelezam os dias quentes

Tenho em mim o pulso de uma cidade viril.
E um Circo, de mais artistas que plateia.

Aqui dentro,
Você encontra,
O antigo e o moderno.
O Velho e o novo.
O Uso e o desuso.
O Alto e o baixo.
O Reto e o impreciso.
Todos experimentando a
feliz harmonia da diversidade.

Em meu quintal,
Os prédios são rechonchudos e magrelos,
Edifícios são altos, mas de pavio curto.
AS ruas são largas, mas de ponto de vista tão limitados.
Ah eu sou cheia de inquilinos.

Eu sou um porto.
Um porto de partida,
E um porto de chegada.

Sou um porto de pura arte.
Arte de contraste.

Pergunta-me quem sou?
Prazer, Porto Alegre.
Inteiramente tua, se puderes aguentar,
Pois do útero ao tumulo


Serei tantas quantas eu for capaz de inventar