segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
Não te quero mais

Aquele sonho não mudou a minha noite.
Alterou o rumo do que chamara emoções;
Sentimentos puros que guardara,
quase com delicadeza infantil
foram devastados pelo pesadelo.
Eu nadava ingenuamente num riacho.
Por sua vez imundo, barrento, mas sorria
com sua presença ali comigo;
Foi quando notara que não estávamos sós.
Entre nós, em meio meio à toda sujeira,
Dezenas de corpos boiando, quase monstruosos.
Com força de todo sentimento que havia em mim,
eu gritava, alertava; E você, continuara
a nadar, displicente, como quem não quisera
me ouvir, ou sequer preocupava-se com
meu desespero.
Saltei daquela água, apenas te vendo gargalhar.
Olhava-me, rindo maldosamente. Me apontava,
dizendo que eu não era ninguém em sua vida.
Acordo aos sobressaltos, pensando:
Acordo aos sobressaltos, pensando:
Mas que raios tudo isso poderia significar?
Na dúvida, prefiro não saber.
Não te quero mais.
Suas gargalhadas ainda ecoam dentro de mim.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
O carro que sonhava

Era uma vez um carro que sonhava.
Ele sonhava em ser artista.
Passa os dias ensaiando suas performances.
Geralmente em shows imensos, no meio da rua, lógico.
Lugares de trânsito intenso são seus preferidos.
Afinal, há de se ter platéia que o admire.
Ele também sonha em ser doce.
Em dias de bom humor ele fora capaz de percorrer mais de mil quilômetros, quase sem reclamar. Digo quase, porque teve sede, rompeu ligamentos dos joelhos, digo da correia;
Ele sonhava em ser artista.
Passa os dias ensaiando suas performances.
Geralmente em shows imensos, no meio da rua, lógico.
Lugares de trânsito intenso são seus preferidos.
Afinal, há de se ter platéia que o admire.
Ele também sonha em ser doce.
Em dias de bom humor ele fora capaz de percorrer mais de mil quilômetros, quase sem reclamar. Digo quase, porque teve sede, rompeu ligamentos dos joelhos, digo da correia;
Coisas da idade, afinal já não é mais nenhum garoto.
Outro dia sonhou que queria ser policial.
Logo, não sossegou enquanto não visse mil viaturas à sua volta.
Achara o máximo aquele movimento de polícia, guincho,
deixou até um bandido entrar dentro de si só para que tudo ficasse
mais realista. Ele gosta de emoções.
Outro dia sonhou que queria ser policial.
Logo, não sossegou enquanto não visse mil viaturas à sua volta.
Achara o máximo aquele movimento de polícia, guincho,
deixou até um bandido entrar dentro de si só para que tudo ficasse
mais realista. Ele gosta de emoções.
Exibicionista que só, deu-se por satisfeito somente depois que
os jornalistas o filmaram.
Ele é intenso.
E por falar em intensidade, ele também sonha com o perigo,
em especial quando está romântico.
Já quis sentir o cheiro de impacto, afinal,
nada mais excitante do que os grandes encontros.
Esse carro é uma figura.
Também já sonhou com o medo. Quisera sentir sempre,
esse, ele acha o máximo. Conseguiu passar horas parado a meia noite
nos fundos de um cemitério, se perdeu na Restinga de madrugada,
ficou sem freio em horário de pico...
Ah o medo! Tão bom se sentir vivo! Ou nem tanto.
Ele é um paradoxo.
O cinema é uma de suas paixões, logo, ele sonhou e resolveu fazer a sua performance "SINGING IN THE RAIN". Lógico que, para dar veracidade aos fatos, deveria ser no meio da noite em plena freeway no auge de um temporal.
O fato de ser sonhador o deixa um tanto distraído.
Ele vive esquecendo as coisas por aí. Dia desses foi a surdina que ficou
num estacionamento, agora, deu para esquecer os seus retrovisores onde quer que
pare para um happy hour.
Pequenos detalhes de uma personalidade forte e atrapalhada, mas inteiramente do bem.
Entre ser perfeito e experimentar as sensações, ele resolveu se permitir,
"custe o que custar". Sonha o que quiser, a hora que quiser.
E por falar em intensidade, ele também sonha com o perigo,
em especial quando está romântico.
Já quis sentir o cheiro de impacto, afinal,
nada mais excitante do que os grandes encontros.
Esse carro é uma figura.
Também já sonhou com o medo. Quisera sentir sempre,
esse, ele acha o máximo. Conseguiu passar horas parado a meia noite
nos fundos de um cemitério, se perdeu na Restinga de madrugada,
ficou sem freio em horário de pico...
Ah o medo! Tão bom se sentir vivo! Ou nem tanto.
Ele é um paradoxo.
O cinema é uma de suas paixões, logo, ele sonhou e resolveu fazer a sua performance "SINGING IN THE RAIN". Lógico que, para dar veracidade aos fatos, deveria ser no meio da noite em plena freeway no auge de um temporal.
O fato de ser sonhador o deixa um tanto distraído.
Ele vive esquecendo as coisas por aí. Dia desses foi a surdina que ficou
num estacionamento, agora, deu para esquecer os seus retrovisores onde quer que
pare para um happy hour.
Pequenos detalhes de uma personalidade forte e atrapalhada, mas inteiramente do bem.
Entre ser perfeito e experimentar as sensações, ele resolveu se permitir,
"custe o que custar". Sonha o que quiser, a hora que quiser.
E realiza tudo!
Dizem que as coisas tem a cara do seu dono, não sei. Mas começo a acreditar que sim.
Não posso culpá-lo por ele ser o que é.
Dizem que as coisas tem a cara do seu dono, não sei. Mas começo a acreditar que sim.
Não posso culpá-lo por ele ser o que é.
No fundo, sinto orgulho de ter um sonhador como companheiro
e alimento para tantas de minhas histórias.
Era uma vez uma carro que sonhava.
Esse carro é meu.
Talvez ele nem seja um carro, seja um cometa.
E talvez eu não seja eu.
Esse carro é meu.
Talvez ele nem seja um carro, seja um cometa.
E talvez eu não seja eu.
Quando arte se encontra
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Definições V
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
Definições II
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