
Aquele sonho não mudou a minha noite.
Alterou o rumo do que chamara emoções;
Sentimentos puros que guardara,
quase com delicadeza infantil
foram devastados pelo pesadelo.
Eu nadava ingenuamente num riacho.
Por sua vez imundo, barrento, mas sorria
com sua presença ali comigo;
Foi quando notara que não estávamos sós.
Entre nós, em meio meio à toda sujeira,
Dezenas de corpos boiando, quase monstruosos.
Com força de todo sentimento que havia em mim,
eu gritava, alertava; E você, continuara
a nadar, displicente, como quem não quisera
me ouvir, ou sequer preocupava-se com
meu desespero.
Saltei daquela água, apenas te vendo gargalhar.
Olhava-me, rindo maldosamente. Me apontava,
dizendo que eu não era ninguém em sua vida.
Acordo aos sobressaltos, pensando:
Acordo aos sobressaltos, pensando:
Mas que raios tudo isso poderia significar?
Na dúvida, prefiro não saber.
Não te quero mais.
Suas gargalhadas ainda ecoam dentro de mim.
6 comentários:
a sujeira e os corpos quase que te levam para um lugar mais profundo. pena que fugiu deles.
...NÃO ENTENDI ;)
Como consegues por tanta alma em tão poucas palavras?
Fico em duvida, se ao escrever continua sendo humana, ou se torna deusa das palavras, tua sabedoria me faz admirar-te de tal maneira que me encanta ao ler tais palavras. Mais uma vez entre tantas outras Parabens!
Fer, tu é inteligente pra caralho! Até um pesadelo vira poesia na tua mão. Lindo!
O que fifere um texto bem escrito de um texto bom é o que vc tem de sobra: SENTIMENTO! Parabéns bonitinha.
Tocante seu pesadelo! Se não fosse tão dramático eu diria: maravilhosa descrição!
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