quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fluxo-me

Ando-me
Disfarçada de vento
não por depressão, mas distração.

Corro-me
Das várias que sou
para ver se encontro
outra de mim numa esquina qualquer.

Nada me foi tirado, foi libertado!

Por isso vôo-me.
Para entender que do útero ao túmulo
serei tantas quantas eu for capaz de inventar.

5 comentários:

Ju Panissa disse...

Lindo! Esse poema invade coisas que as vezes teimo em não pensar...

Fer disse...

eu ando totalmente "invasiva-me"

Unknown disse...

"Faz um tempo escrevi:

Quando te procuro
Perco-me
No encontro
De outro de mim..."

"Em um mundo de tantas possibilidades, preocupo-me mais com o que estou deixando de ser..."

Encontrei um pouco de mim nos teus versos. Fiquei feliz por sentir-me um pedacinho desta tua poesia. Parabéns pelo blog! Obrigado pela carona e pelo prazer de te conhecer poetiza. Fabrício Pires

Fer disse...

Puxa Fabrício, fico muito feliz que gostou dos meus textos, também gostaria de conhecer os teus! Um grande abraço e obrigada pela gentileza.

Layla disse...

Voce me faz pensar em coisas que tento 'esconder'. Obrigada!