terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A dança


Parece que ouço a voz de minha mãe ao telefone, dizendo:
- Ria de suas limitações e vá a luta!
Há quem tenha dificuldade com os números, existe os que não aprendem a jogar xadrez, e eu, em especial, exibo uma completa falta de sintonia com o ritmo.
Dançar nunca foi meu forte, na verdade, nem meu fraco.
Simplesmente não sei.

Limitação, variação, inspiração.

Coincidência, paradoxo ou não, além de dança ser a grande limitação que me afere,
o maior poema da minha vida, se chama "A DANÇA" (Neruda).
Este, acompanha o sonho mais romântico de minha vida, onde um dia,
aos pés da torre Eiffel ou em uma ponte em Amsterdam,
o direi para qual criatura fizer meu sentimento gritar.

Ritmo, sintonia, sincronia.

Embora saiba seus passos de cor,
se esta dança for difícil tal qual àquela que assola
minha coordenação motora, "dancei".
no sentido mais poético de todos.

Prefiro acreditar que esta será a única Dança que
realmente saberei embalar com ritmo e sorriso
a minha vida!

17 comentários:

Anônimo disse...

Quisera eu ouvir este poema. ;)

Ju Panissa disse...

Dançante...palavras que embalam! Adorei!

Fer disse...

Eu adoro seus comentários! *-*

Layla disse...

Otimo como sempre!
Amei!

kaka disse...

Quem bem conhece a Fer deve saber que no mínimo se escreveu isso é pq tem alguém em mente!
Agor só resta saber... vai falar em Paris ou em Amsterdam???

Fer disse...

=D

Patrícia disse...

Tu escreve MUITO cara.

Fer disse...

Brigada! estou aprendendo ainda...
*-*

Cris disse...

Cada dia tu escreve melhor. Lindo, lindo, lindo! Parabéns

Fer disse...

Brigada querida! ^^

Paula disse...

Fala Gata! Quem receber esse poema será uma grande felizarda. Mas já pensou em escrever o teu grande poema tb?? Tu tah escrevendo tão bem, q daqui a pouco a tua referência será tu mesmo! Parabéns lindinha!

Fer disse...

Que amor! ^^ Bem, eu até posso escrever o meu grande poema! Mas o meu grande sonho é a tal da "dança"... Não existe poema mais lindo (para mim)> Beijos

Anônimo disse...

eu tenho alguns poemas favoritos, mas falando em neruda e já que tu vai estudar inglês... primeira tradução necessária. o meu favorito do neruda é este:


I want you to know
one thing.

You know how this is:
if I look
at the crystal moon, at the red branch
of the slow autumn at my window,
if I touch
near the fire
the impalpable ash
or the wrinkled body of the log,
everything carries me to you,
as if everything that exists,
aromas, light, metals,
were little boats
that sail
toward those isles of yours that wait for me.

Well, now,
if little by little you stop loving me
I shall stop loving you little by little.

If suddenly
you forget me
do not look for me,
for I shall already have forgotten you.

If you think it long and mad,
the wind of banners
that passes through my life,
and you decide
to leave me at the shore
of the heart where I have roots,
remember
that on that day,
at that hour,
I shall lift my arms
and my roots will set off
to seek another land.

But
if each day,
each hour,
you feel that you are destined for me
with implacable sweetness,
if each day a flower
climbs up to your lips to seek me,
ah my love, ah my own,
in me all that fire is repeated,
in me nothing is extinguished or forgotten,
my love feeds on your love, beloved,
and as long as you live it will be in your arms
without leaving mine.

Fer disse...

Que forte!

Patrícia disse...

Que lindo texto! Realmente, vc escreve maravilhosamente bem. Parabéns.

Fer disse...

Brigada querida!

Anônimo disse...

Eu também quero ouvir esse poema!
Isso é fila?? risos
Lindo, lindo. Delicadeza é o nome dessa menina!