terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Meus Contrastes I (Calcinha de Renda)



Vibrei com as luzes dos últimos fogos da noite. Era natal.
Decidi abrir o pacote e, no escuro, percebi que o embrulho tratava-se de uma calcinha. Não pude ver os detalhes muito bem, mas não importava. Presente é presente!
Sem muito me preocupar, dei continuidade às comemorações natalinas, deixando a peça no pacote entreaberto no braço de uma das poltronas.

Antes de estudar as reações, vou recapitular...
Adepta do do conforto e praticidade, nem consigo lembrar-me de como eram e a procedência das calcinhas que eu usava até os meus 18 ou 19 anos. Sei bem que hoje em dia, uma coleção de cuequinhas contempla meu guarda roupa. Das mais estilosas às básicas, o fato é que, estético ou não, prefiro usar shortinhos à calcinhas.
Embora não use nada muito elaborado, lembro-me sempre da minha vó pedindo para tomar cuidado com as calcinhas, afinal nunca se sabe quando pode ser atropelada na rua e inevitavelmente ter a calcinha vista por uma legião de curiosos.

Sou cuidadosa. Não compro calcinha no camelô da Rua dos Andradas a R$ 5,00, nem aquelas feita de algodão com estampas de vovó e, como muitos outros, acho broxante os modelos bege. Modelo lindo só se for confortável, chique na minha concepção sempre será a marca que me fizer bem. Ou seja, nem me abala o outdoor com a Grazi Massafera usando aquele modelito da Hope, ou aquelas "fofurices" do universo feminino expostas nos manequins da Lupo.

Voltando à noite de natal, fui analisar o tal presente. Presente de mãe ainda por cima. Era um modelo rosa, de renda e com flores de strass cuidadosamente bordadas.
Naquele instante, os olhinhos brilhantes da minha mãe acusavam que não tratava-se de uma piada, era um presente sério.

Ah... eu sou estranha! A impressão que tive caso usasse a dita peça, era de que todos iriam reparar e quiçá, gargalhar! Bom, pelo menos não era cor da pele e nem estampa floral igual-a-da-bisavó. Mas, sei que elas são desastrosas; Na primeira oportunidade as malditas saem do lugar e se enterram onde menos se espera. Ou pior, sua renda sensual podem cobrir a pele de alergias. É uma incógnita para minha cabeça. Jamais usarei isso. Humpf.

Usei a calcinha na virada do ano.
Como foi a expriência?
Prefiro deixar o papo íntimo para outra hora.

O que sei, é que posso contar que, um dia experimentei meus contrastes.
Mas respiro aliviada de não ter sido atropelada naquela noite!

7 comentários:

kaka disse...

Vc escreve brincando, brinca de escrever, e o faz maravilhosamente. Sou sua fã.
Adoro tudo o que escreve!
Beijos garota.

Anônimo disse...

prefiro as cuequinhas. ;D

Fer disse...

Por favor... identifique-se, senão a criança fica muito curiosa! huahuahha

Anônimo disse...

Um dia, ainda vejo essas cuequinhas! *-*

Fer disse...

Eu hein...

Layla disse...

Até as coisas mais comuns na tua mão viram otimos textos, a variação que tu faz é encantadora.
Ja esta virando um vicio vir aqui hehe

Patrícia disse...

Tu escreve com verdade! Adoro a fortaleza das tuas palavras!