quarta-feira, 28 de abril de 2010
Cinco Grandes Lições
Papo de Amiga
Outono na cidade e as duas ali, em uma esquina qualquer, molhadas olhando para o nada.
- Sabia que minhas pernas tremem se eu ficar na pontinha dos pés?
- Não sei.
- Por que mesmo que resolvi vir com você?
- Não sei.
- Será que eu engordei?
- Melhor a gente ir, eu molhei as meias.
....
Elas se entendem.
domingo, 25 de abril de 2010
Não Me Chame de Gorducha II (Final)
O objetivo que me impusera, era tão complexo que tudo haveria de mudar. Reconstruir uma filosofia de vida. Afinal, quando se chega ao fundo do poço, só existem duas opções: ou parte-se para a escalada em busca de um ponto de partida, ou deixa-se morrer pelo medo da tentativa.
Eu queria ter e ser, pois não me sentia! Sim... eu queria ser gente, ser amada, ser importante para alguém, queria ter amigos, ter auto-estima e resgatar os sonhos que deixara no modo de espera. Nessa busca incessante de ser, eu acabei me tornando. Engana-se quem pensa que a conquista vem sozinha. O esforço é conjunto, pois quando se abraça uma causa, o universo abraça junto de você, através de pessoas que o ajudam, por cumplicidade, amor e apoio.
Hoje, eu sou o que me tornei, mas só cheguei porque várias pessoas ousaram "ser" comigo. Como diz uma escritora, eu sou hoje, tudo o que gosto: Sou minha mãe, sou minha vó, sou minha família, sou Fábia, sou Luana, sou Alexandre e Rafael, sou Tai e Lu, sou todos os meus amigos. Sou café forte, sou barrinha de cereal, sou roupa justa, sou paçoquinha de amendoim, sou sorriso simples, sou pequeno príncipe, sou suco de laranja, sou viagens, sou halls de uva verde. Sou minha profissão, sou natureza, sou amor, sou tranquilidade, sou paciência, sou busca, sou carência, enfim...sou bem menos do que ainda posso ser. Estou feliz e realizada. Ainda há muito o que trilhar, mas sei que o que hoje chamo de vontade, é um ego dotado de poder!
Desafie suas possibilidades, jamais espalhe muros que lhe impeçam de ser feliz, queres alguma coisa? busque! simples assim. Somos o resultado das nossas escolhas. Para que tudo isso aconteça, é preciso luta, afinco, perseverança, força, persistência e muito amor. Amor a vida, amor às pessoas e principalmente amor próprio! E por favor, não venha dizer justo à mim, que um sonho não é possível!
Desculpe-me mas hoje estou feliz...eu venci, eu consegui!
Eis, que dou por encerrado este capítulo da minha vida, já abrindo uma nova página em branco, que por hora grita: Que venham novos desafios! E por favor, NÃO ME CHAME DE GORDUCHA!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Sobre Luciane e outras coisas que me encantam
O fato é que, com Luciane não fora diferente. Vê-la de relance num lugar que eu não gostava, me fez somente observar. Me chamava atenção sua beleza exótica, embora ficasse me questionando o que tal lugar poderia ter de tão atrativo para ela, algo parecia não encaixar em meus pensamentos. O descobriria posteriormente em nossos encontros diários na estação.
Tudo nela me parece diferente. Seu brilho próprio é intenso e natural, ela sabe disso e usa-o com maestria.
Tem uma timidez que tenta disfarçar falando sem pausas nem tréguas. Contraditório? nem tanto. Luciane não é comum, o que torna meus finais de tarde também incomuns. Percebo através de suas palavras, sempre muito bem aplicadas, o quão inteligente, discreta e de nobre educação a qual fora criada. Traços fortes sob olhos marcantes e cílios bem delineados, desvendam uma sutil sensibilidade. Há doçura naquele olhar. Seja na parada ou na escada, ora rindo, conversando ou seja lá o que for, tudo nela é intenso.
Muito embora rotule-se imatura, há muito de mulher dentro de si. Há quem veja fadas. Há quem veja gnomos. Há quem veja quilos a mais. Luciane, em especial, têm talento para isso. Enxerga inconcebíveis quilos e defeitos inexistentes onde eu, por mais que olhe, não enxergo nada.
Acha suas pernas enormes, e pergunta se eu concordo. Não, eu não concordo. Juro que não. De enorme, ali, só a curiosidade em saber o que aconteceria se nos conhecêssemos além da estação ou das escadas.
O diferente me instiga, o incomum me chama atenção, o novo me atrai e Luciane? Bom, esses são apenas os primeiros adjetivos de uma personalidade encantadora que ainda tenho muito o que desvendar. Inutil querer descrever o que não tem definição.Quem sabe em uma destas estações, descobrimos que tudo é diferente porque tudo muda a cada segundo.
Enquanto isso, fico feliz que em minha história eu conheça instigante mulher, que diariamente me faz sentir dentro da crônica " A Dama da Lotação" de Nelson Rodrigues. Afinal, tenho uma predisposição a atrair a direção do meu olhar pelo que ainda não conheço. O "de sempre" é invisível, o "comum" é mais um, e a "mesma coisa" me entedia, e Luciane jamais fará parte deste universo de coisas triviais.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Mil e uma Desculpas
"Eu sou complicada, não te mereço" ou " Estou num outro momento da minha vida". Existe maneira mais bonitinha do que essa para se falar que a pessoa definitivamente não te encanta?
Caso um dia você resolva fazer um convite, e apertar a tecla SAP daquelas respostas expressivas do tipo: "Vou ver" ou "Agora não posso falar, te ligo depois" ou ainda "Verei na sequencia", certamente você levou um super "não" de forma educada.
As entrelinhas são ótimas companheiras para nossas famosas desculpas. Quem nunca recebeu uma ligação tarde da noite, atendeu e ouviu algo do tipo: "nossa, desculpe acho que liguei errado" ou "você sabe o telefone daquela tele-entrega?" Simples assim, ficou subentendido, quando não foi preciso dizer "liguei porque estava com saudades".
O ser humano tem suas limitações, há de se convir que não há muitas variações das famosas desculpas, o que nos facilita o entendimento quando aparecem. Ora usam disto conosco, ora nós usamos com alguém. O universo dos pretextos assim vai evoluindo.
Esfarrapada ou não, o fato é que as desculpas sempre estarão presentes em nossa vida. Conscientes ou nem tanto, elas fazem parte do nosso cotidiano, a fim de somar ao nosso catálogo de "boas respostas". Caso um dia você resolva ser incomum, diferente, do contra ou simplesmente não estiver a fim de inventar nenhum porém, experimente apenas dizer a verdade!
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Brincando de Faz de Conta
Faz de conta que todo mundo entende que enquanto as coisas não forem simples, jamais serão plenas.
E eu aqui... fazendo de conta que entendo a cabeça dos adultos.
Noutra Direção
Era o que ela dizia, no alto daquele morro, contemplando a paisagem mais
bela que seus olhos já tinham visto. O horizonte nunca lhe parecera tão atraente. Ali era permitido sonhar.
Naquele lugar, tudo parecia simples, as situações permeavam seus pensamentos sob uma esfera plena de realizações. Não havia "falta de habilidade" para isso, sofrimento naquilo outro; Não era preciso fingir ser forte, usar simpatia para convencer, nem os neurônios para todo resto.
Mas o tempo unifica os insignificantes, sabe? Melhor descer desta montanha, levar o sonho como base e não como ponte, antes que fique para trás. Olhar noutra direção, pensando que não se sonha...se realiza!
Ser do bem, ter mau humor, ficar confusa, ter problemas, também é um jeito legítimo de se relacionar com o mundo. Inevitável, afinal faz parte do pacote "viver".
Mesmo que não se saiba como lidar em todas as situações, imagina-se que o horizonte não é um bom endereço para a vida, a certeza plena nunca chega e o país das maravilhas só foi aberto para Alice.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Meus Sentidos V (Tato)

Prazer! Meu nome é intensidade.
Percebo a sutil diferença que o toque faz.
Não sou de muitas palavras, mas sou de incontáveis abraços.
Acredito na sensibilidade, onde as atitudes são o espectro de você.
Toque, sinta, abrace. Seja imensa, intensa...surpreenda!
Saiba receber também, experimente a reciprocidade.
Sou simples, não tenho frescuras.
Mas é preciso saber lidar.
Se for pra tocar, toque o coração.
Toque sem sentido eu não sinto.
Uma dica? Me desafie.
Faça-te essencial.
Atreva-se a me fazer sentir,
Ou então não se aproxime.
Meus Sentidos IV (Olfato)
Cada um, há de ter um sentido que lhe é mais forte ou mais aparente.
Como o olfato em mim, é traço marcante em minha personalidade.
Sinto aroma em tudo: coisas, pessoas, lugares e momentos.
O cheiro me encanta e desencanta, aproxima e afasta.
Se porventura quero lembrar alguém, fecho os olhos, e logo estarei envolvida pelo seu perfume. Minha memória é associativa aos cheiros que já senti.
Escola de criança? tem cheiro de criança, não cheirinho de bebê, mas de crianças crescidinhas, misto de chiclete, chocolate, giz de cêra, joelho esfolado, folha recém passada no mimeógrafo, uniforme engomado.
Domingo? Tem cheiro de casa de avó, almoço de família, tios, primos, musiquinha do fantástico.
Esqueço sobrenomes, músicas e roupas, mas conheço o perfume de cada uma das pessoas próximas a mim. Cheiro é próprio, selvagem, completamente único.
Loucura? absurdo? Simplesmente sentido. Sou de natureza abstrata.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Meus Sentidos III (Paladar)
Tenho o gosto do que gosto.
Doces, amores, café forte.
Natureza, gentileza, pôr do sol.
Livros, carinhos, filmes.
Viagens, kanjis, tatuagens.
Gosto de saborear o verão,
Jantar um abraço gostoso,
De fotos faço um banquete.
Gosto do sabor do bem,
de provar uma novidade,
Degustar um sorriso sincero.
Meu paladar é eclético!
Me permito experimentar.
Se for azedo, ácido, amargo,
Faz parte...
Afinal, eu gosto do gosto que a vida me traz!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Meus Sentidos II (Visão)
Observando algum ponto do universo, lá estão meus olhos!
Pequenos, atentos, sem muita expressão.
Provavelmente a alma procurou uma outra janela
a qual pudesse se manifestar.
Tudo o que vejo, geralmente não reparo.
Olho pessoas, mas não vejo cor, tribo ou condição social.
Não se aborreça se estes olhos não enxergarem seu novo corte de
cabelo.Provavelmente estarão ocupados tentando ver além de
onde alcançam.
Há quem diga que eles funcionam melhor fechados:
Quando estão sonhando ou simplesmente quando se recusam
a ver o que está diante de si.
Se quiseres fazer um teste, peça a estes olhos
para te encarar. Aconselho que não arrisques.
Um olhar pode dizer tudo, como também nada!
Meus Sentidos I (Audição)
Sou boa ouvinte. Ouço muito pouco!
Talvez apenas o que eu acredite que deva.
O que foge do universo que eu considero verdade,
simplesmente deixo de ouvir; Ou escuto,
buscando o caminho mais curto para eliminar
sem absorver.
Sou seletiva, chegando a ser distraída.
Não confunda com displicência,
pois enquanto posso estar deixando
de ouvir uma coisa, deve haver outra
ecoando dentro de mim...
A minha voz interior!
Prefiro mil vezes a energia que flui da simetria de um silêncio.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Olhar, Doce Lar
domingo, 11 de abril de 2010
Sem mais, Atenciosamente
Imaginando como seria, caso pudesse controlá-la por botões...
Clico no "REW" e estaria naquele momento feliz que vivi, e, apertando o "PAUSE" revivo tudo novamente como mágica. Em questão de segundos, por curiosidade, aperto o "FF" e lá me vejo no futuro. Se for bom, fico por lá e se não for, hei de consertar... ah...seria um paraíso, não é mesmo? E assim, pudera zapear os canais da minha vida, como brincadeira de criança, voltar aos 2, 3 ou 4 anos, ou ainda, ver cenas de como estarei aos 40,50 ou 60.
Uma voz dentro de mim grita: - "Acorda Alice!" A vida não é um filme, você não é Marty Mcfly e muito menos precisa de botões. Que babacas emocionais seríamos se tudo ja soubéssemos? sim, a mágica de viver, está justamente no imenso aprendizado, onde a importância está em agregar experiência, estufar o peito, erguer a cabeça, cair... e retomar o processo inicial.
Hum... então, se não posso ter botões para ir e voltar no tempo, será que poderia resolver todos os meus problemas, como se fossem correspondências oficiais? Poderia solicitar mais amigos, mandar retirar a solidão da estante, despachar o que não me serve, extrair certidões de fidelidade, e principalmente, quando precisar dizer adeus, ser tão simples como um "Sem mais, Atenciosamente".
sábado, 10 de abril de 2010
E se eu ficar em casa?
Em um fim de semana que fico casa como quem resolve fugir da temperatura, acabei por descobrir um dos melhores destinos para viajar: o meu quarto!
Uma vida sempre agitada, onde é preciso concentração até para dormir, resolvi desacelerar nestes três dias. Em época onde há tantas coisas por resolver, sempre resta pouco tempo para sentir. Isso mesmo: sentir! Viver o ócio, perceber o descanso, conversar com silêncio e permitir o livre acesso aos sonhos.
Domenico De Masi me entenderia perfeitamente.
Em segundos, fui ao B612 atrás do Pequeno Príncipe e peguei um cometa emprestado. Viajei mundos, conversei com povos, fotografei lugares, fiz promessas que não lembro.
Montei no dragão de São Jorge, bati um papo com Amelie Poulan, perguntei os segredos de Aleijadinho e por fim sentei aos pés do Colosso de Rhodes para pensar...
E cheguei a conclusão que a menor parte dos meus dias são de tempo livre, o qual eu deveria concentrar minhas potencialidades, elevar-me para a criatividade e talvez descobrir novidades sobre mim, o que me parece impossível em dias cheios.
Toda fragilidade concomitante com as temperaturas de frio me mostra o quanto é importante desacelerar. Tirar um tempo onde manhã e tarde se confundam, simplesmente para dedicar a si mesmo.
Pergunte-me qual o endereço dos sonhos e eu te digo: Sou eu! É você! Cada um!
Experimente receber um presente de você mesmo: Permita-se sentir... sinta o ócio! use e abuse dele! E veja, como pode ser atraente, um dia dentro de sua própria casa.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Não me Chame de Gorducha I
25 de abril de 2009: "ESTOU DE REGIME!" Nada mais do contra do que pronunciar essa frase em pleno sábado de manhã, tudo bem, sempre fui incomum mesmo. Num subito de loucura que faria Bridget Jones morrer de inveja, resolvi me desfazer de tudo que não me servia.
E lá se foram roupas, fotos, cartas antigas. Sinceramente, não sei como conseguimos acumular tanto lixo no armário. Há quem diga que o guarda-roupa é uma espécie de reflexo da gente. Não sei quem disse isso, mas certamente existe um fundo de razão e pude comprovar.
Tal qual um armário cheio de entulho, assim eu me via. Muitas lembranças, choramingos, entraves, medos e kilos...eu disse kilos?? Era chegada a hora de eu me desfazer de mim! No auge dos 103 kilos, era preciso jogar fora 40 deles em massa e adquirir toneladas em crescimento humano.
Me estranha as pessoas que dizem que são o que são e não mudariam por nada. Acredito que não há limites para SER... Estar em constante mudança, faz parte do crescimento.
Tudo parecia indo bem, quando os malditos duendes começaram a fazer churrasco na minha frente, os pratos de macarrão pareciam discos voadores à minha volta e os frangos dançavam cancan todas as noites para eu dormir...
Eu parecia delirar, não era divertido como imaginei, mas algo me fazia continuar. Não me olhe, não me aponte e por favor... NÃO ME CHAME DE GORDUCHA!
(....fim 1ª parte...)
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Os Amores Platônicos e Eu

Ele simplesmente acontece.
A vida vai seguindo seu fluxo natural e eu vivendo minhas histórias. Mas por ora, na falta de grandes paixões, eu me refugio em minha estrada paralela, onde vejo o olhar mais encantador e sinto um perfume tão indescritível quanto o sorriso em minha direção.
Decidir o limite deste amor? Temo que já não possa mais demarcá-lo por fronteiras. Com o receio que fosse para sempre platônico, como criança que faz arte, fui lá e ultrapassei a barreira do sonho, fazendo com que as estradas se cruzassem por alguns instantes, acabando por sentir o sabor do que antes eram apenas devaneios.
Ninguém escolhe viver um amor platônico! Mas eu, em especial, vivo um amor ascético. Contemplativo, unilateral e meu. Uma espécie de conto de fadas que não chegou a ser lapidado pela Walt Disney.
sábado, 3 de abril de 2010
És eternamente responsável por aquilo que cativas
Fabia parou de usar salto.
Fernanda comprou roupas novas.